Um certo príncipe que tornar-se-ia rei, queria,
Escolher para si uma esposa.
E procurando no castelo uma dama que o agradasse;
Aflingiu-se por não achar a tão esperada pessoa.
Ouvindo os conselhos de seu pai tão sábio;
Resolveu convocar um baile para todas as damas do palácio;
E convites reais foram enviados por mensageiros para todo o reino;
Em seus admiráveis cavalos avassalados.
Moças adornadas e elegantes senhoritas;
Passeavam pelo salão com suas damas de companhia;
Esperavam ansiosas o príncipe;
Que anunciaria a nova rainha.
Escondida no salão em simplicidade e temor,
Uma moça humilde olhava as outras jovem passearem;
E seus olhos encheram-se de lágrimas de tristeza;
Por estar vestida de trapos e coberta de fuligem.
Seu coração humildemente acelerou;
Ao observar o príncipe ao salão se aproximar;
E suas lágrimas acumuladas secaram-se...
Um sorriso em seus lábios veio se brotar.
Amar, amar...
Amá-lo como um único entoar.
Porém ele nunca a escolheria certamente;
Tinha outras mulheres para com seu amor coroar.
A voz do belo príncipe soou forte e segura para todos os convidados;
E para cada senhorita, servos deram sementes para regar.
E uma proposta de realeza fora feita;
Uma flor deveria aflorar.
De qual sementes doadas nascesse;
A flor mais bela e mais bonita de todas;
As mãos que regassem as sementes seria presenteada;
Com anéis, realeza e uma coroa.
...
Um novo baile fora convocado;
E as damas passeavam com seus jarros floridos.
Flores coloridas e de diferentes espécies;
De nada haviam esquecido.
A jovem humilde em seu canto solitário chorava;
Pois de suas sementes não brotaram beleza-flor.
E de seu belo príncipe não receberia jamais...
Beijos, abraços e amor.
Seus olhos turvados viam as flores das belas senhoritas;
Vívidas em galhos e jarros enfeitados.
Flores lindas, liláses e rosas ...
Com perfumes insaciáveis!
Foi a única que fracassou ao regar;
E a cultivar as sementes que lhe fora dado.
Nunca teria dos lábios do homem que amava;
O beijo molhado tão esperado.
Trombetas soaram no baile;
Capturando a atenção de todos os presentes.
E erguendo o rosto de onde estava,
O píncipe falou felizmente:
[-Nessa noite minha esposa escolhi,
Sendo a única mulher a não seres como vós hostis.
Pois as sementes que as dei para cultivar,
Eram todas elas estéreis.
-Essas flores que dão-me por quere-me a coroa;
São sementes compradas em simples armazéns;
E por ter a prova de que somente querias do príncipe ser esposa.
Darei tudo o que tenho à quem sentimento e coração tem.
-Venha, jovem simples;
Agora és minha esposa, minha rainha.
Pois tua sinceridade tomou meu coração.
Coração que a ninguém pertencia.]
As sementes regadas por ela foram;
Regadas com lágrimas por desejar seu amado.
E sua humildade lhe tirou as fuligens...
Para lhe dar um trono no palácio.
As folhas do outono caem no final da tarde de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada. Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha, tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque. As folhas seguirão as rajadas do vento. Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano... Passarão por velas de barcos e marinheiros astutos. Elas mostrarão o caminho. Um caminho em que as Folhas do Chão deram o seu lugar para outras folhas após o outono!
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