[Abro os olhos.
O que há de novo?
O que há de diferente?
Há algo novo?
O que é tão diferente?
...
Em quantas camas dormi...
Lençóis, lençóis, lençóis...
Quantas delas adornaram meu corpo?
Quantas delas acomodaram minhas saudades, meus medos...?
Quantas bocas beijei...
E quanto desejo arranquei...
Vindos de corpos sedentos e apaixonados...
Ansiosos por mim que os toquei...
Nas madrugadas em que me aproximei;
Procurava um vazio preencher...
E cada vez que a beijava...
Mais queria me encher desse ter.
Eu me apaixonei...
Desejei com você sempre estar...
Fazia planos e sonhava....
Deveria sim alguém amar?
Ir... e deixar o coração para trás..
Esquecer os sonhos que pintei...
Rasgar as folhas de poesias...
Os quadros coloridos quebrar!
Onde é meu lugar?
Qual é o meu lugar?
Em qual travesseiro minha cabeça repousar?
Esse espelho da parede há de me revelar?
Quantos corações deixei para trás..
Por não achar onde estar.
Por ter que abandonar sorrisos paralisados em memórias...
Em lábios que beijei sem parar!
[E quando meu coração achou em si;
Em outro coração um determinado lugar à se acomodar..
DEsprezado foi em vão...
Só queria que "você" fosse o meu lar.]
Por que ter de fazer-me sofrer?
Depois de anos voltar à te reecontrar...
E de nascer em mim esse sentimento...
Pensei ter encontrado em ti meu lugar!
Eu preciso... Eu preciso achar onde estar.
Necessito... anseio te tocar...
E não somente um corpo tocar e abandonar...
Mas sim amar... Ser amado... Amado.. Amar...
[Eu quero me achar!]
[Para Marlon (Zack), um amigo.]
As folhas do outono caem no final da tarde de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada. Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha, tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque. As folhas seguirão as rajadas do vento. Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano... Passarão por velas de barcos e marinheiros astutos. Elas mostrarão o caminho. Um caminho em que as Folhas do Chão deram o seu lugar para outras folhas após o outono!
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