Folhas de Outono

As folhas do outono caem no final da noite de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada.
Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha.
Tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque.
Quem se importa com um despir de árvores?
As folhas do chão seguirão as rajadas do vento;
O mesmo vento que as tirou das árvores as levará para longe;
E pode ser que as mate... E até se faça perder!
Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano...
Passarão por velas de barcos e por lobos do mar em seus navios.
Voarão por prédios altos e serão vistas por uma criança brincando de boneca!
Pousarão, quem sabe eu, em um pátio de castelo, e serás pega pelos dedos macios de uma princesa...
Talvez sobrevoem além das montanhas, e guiam-se pelos grupos dos pássaros no céu!
Mas quem de fato, não queria ser por um segundo, uma folha da árvore?
Elas cantam com o vento;
Dançam ao som desse vento!
Elas enfeitam o seu jardim de rosas;
Elas voam como uma borboleta.
Fazem o seu caminho de acordo com o serpentear da aurora...
Foi-se o verão, o inverno, a primavera...
Mas somente no outono foi que elas encontraram o caminho para a sua beleza!
Um caminho em que as folhas daquele chão do parque deram sem pestanejar,
o seu lugar para outras folhas após o outono!