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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Olhos teus...

Senti quando algo mexeu ao meu lado;
O espanto tirou-me do acaso.
Meus olhos focaram uma sombra...
Um momento abstrato.

Na confusão daquele momento;
Ví que outros olhos eu foquei.
Eram negros e profundos...
Eu me encantei.

Sustentei aquele poço profundo;
E fundo cada vez ficava na medida que o olhava.
E por mais que eu desejasse desviar a atenção...
Alguma coisa me amarrava.

O olhar me dizia algo naquele momento;
E o que me prendia eram os enigmas.
O que falavam aqueles olhos portanto...
Desejei ouvir por toda a vida!

A sombra aproximou-se de mim;
Mas sua face não pude ver.
Mas seus olhos continuavam nítidos...
E embaçados de puro prazer!

A escuridão que o cercava num instante tomou;
A imensidão de todo o meu medo...
E misturou-se às escuras do minhas fraquezas...
Dando-me  parte de seu universo.

A fusão daquela escuridão turvou-me completamente;
E achei que perderia a razão.
Ouvi vozes e sons abafados...
Que soou do seu coração.

De seus olhos belos e negros vi agora;
Não profundezas de total desejo.
Mas sim uma obscuridade terrena...
Acima de qualquer segredo!

Não foram necessárias palavras;
Nem sons vindos de seus belos lábios.
O suficiente li em segundos...
Li de seus olhos apagados!

Restou-me lágrimas, porém;
Quando falaste-me em silêncio.
Você não sabe, (...), portanto...
Que és parte de mim apartir daquele momento!

A escuridão que nos abraçou foi embora;
E a luz do outro lado venceu.
Vi sua face nítida e seus olhos ofuscantes...
Dizendo que eras meu!

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