Acho que vou flutuar;
Sobre esse denso, fundo mar.
Se tenho asas ou não;
Vou voar! Vou voar!
Minha imagem reflete nessas águas;
Asas invisíveis, pesadas, adornadas nelas vejo.
Vejo um ser asalado à flutuar...
Flutuar sobre esse oceano de desejo!
Voar para longe daqui;
Encontrar-te; Beijar-te; Te abraçar!
Receba, oh!, meu amado, de braços abertos...
Essa mulher asalada à te procurar!
Se eu chegar e não te encontrar;
E se de mim, vieres à se esquecer...
Arrancarei minhas asas por ti;
Darei tudo que tenho por você!
Sacrifico-me por tudo isso;
Abro mão de minhas densas asas.
Serei apenas um ser desalado;
Tornar-me-ei uma mulher simples sem asas!
MAS se não vier valer à pena...
Não pedirei que essas asas à mim se traga!
Buscarei onde deixei-as em alto mar...
O reflexo de novas asas na água!
As folhas do outono caem no final da tarde de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada. Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha, tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque. As folhas seguirão as rajadas do vento. Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano... Passarão por velas de barcos e marinheiros astutos. Elas mostrarão o caminho. Um caminho em que as Folhas do Chão deram o seu lugar para outras folhas após o outono!
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