Uma tristeza insiste em me fazer chorar;
Enquanto lembranças vem-me à memória e me ferem...
Machucam-me como a ponta afiada de uma adaga.
Lágrimas de arrependimento e rancor apressam-se em se acumularem em minhas pálpebras;
E escorrem feito enxurradas de emoções e devaneios.
Mancham as maças de meu rosto rubro de medo.
Gemidos, ruídos, choros aleartórios;
Sucessões de nostalgia e arrebatamentos.
Um desejo eminete de busca pelo inevitável.
O que devo fazer hoje?
O que me espera do lado de fora?
Qual a cor do sol por trás daquela porta?
Escondo-me nessas lágrimas de languidez;
Pondo para uma folha qualquer um mísero som.
A música* me mata, mata, mata, me mata.
Me mata.
Há cifras sem tom.
As cordas do violão arrebentam-se nos dedos do tocador.
Seu conteúdo desvanece nas letras escritas em vão.
A tristeza insiste em me fazer chorar;
A música* que me quer fazer entoar,
Esses tons em preto e branco erguidos pela ternura...
De um poeta à se entregar.
As folhas do outono caem no final da tarde de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada. Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha, tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque. As folhas seguirão as rajadas do vento. Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano... Passarão por velas de barcos e marinheiros astutos. Elas mostrarão o caminho. Um caminho em que as Folhas do Chão deram o seu lugar para outras folhas após o outono!
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