Preciso matar-me de ti!
Você apenas me sufoca...
Você apenas me apaixona...
À mim por inteiro afogas!
Uma loucura!
Uma dor!
Uma lacuna...
Um amor!
Uma confusão de desejos;
Um mistério em processo dilacerado...
Risos, cifras, folhas, letras falsas...
Um domínio incomparável!
Infelizmente, preciso retirar-me;
E banir-te-nos desse peito que tanto dói...
E por mais que nossa música me alimente...
Essas notas de morta me faz!
Não que eu queira esse despedida;
Mas é necessário que eu a faça nesse instante...
E matar-me talvez seria a única solução...
De não lamentar a morte de quem amei de verdade!
[Saiba que você foi (e sempre será!) toda a minha inspiração;
E durante todo esse tempo... Foi meu enigma, meu amuleto, minha sorte;
Uma estaca de prata enfio em meu peito...
Não lamentes minha ida... querido...
Lembre-se de mim como uma mulher que escolheu por ti a morte!]
As folhas do outono caem no final da tarde de sexta-feira e pousam silenciosamente na calçada. Sabe-se que ninguém chorará pelo cair de uma folha, tão pouco apertará os dedos em súplica pela sua perda de qualquer árvore do parque. As folhas seguirão as rajadas do vento. Irão como pássaros livres sobrevoar o oceano... Passarão por velas de barcos e marinheiros astutos. Elas mostrarão o caminho. Um caminho em que as Folhas do Chão deram o seu lugar para outras folhas após o outono!
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